terça-feira, junho 28, 2011

Encontro com o destino II



   Ela virou. Tomou um susto tremendo. Não podia acreditar no que estava vendo. Não podia ser ele ali. Aquele que ela havia visto apenas uma vez naquela mesma praça. Ele percebendo seu estado de confusão segurou-a pelo braço e pediu que ela sentasse para que pudessem conversar, para se conhecerem melhor. Ele falava e falava, e ela apenas olhava para ele extasiada, incrédula. "Como alguém que tinha apenas trocado um único olhar com ela, poderia dizer que estava apaixonado?". Ela pensava nas poucas conversas que tiveram pela internet. Ele a olhou,, tocou seu rosto e como se tivesse escutado os seus pensamentos, disse que não sabia o que sentia por ela, tudo aquilo ainda era novo para ele. Ele só podia dizer que não conseguia tirá-la de seu pensamento um só minuto. Não conseguia durmir sem ver a imagem dela nos seus sonhos. Aquele olhar.. O único que trocaram... Impossível esquecer. Ele afirmou não saber de que sentimento se tratava, nunca havia sentido nada parecido. "Em um impulso absurdo decidi te procurar, precisava vê-la novamente. Algo em mim mudou depois daquele olhar. Você não pode imaginar a felicidade que senti quando consegui encontrá-la no msn, e quando pude dizer o que estava sentindo por você, mesmo de longe, através da tela fria de um computador. E quando aceitou me encontrar.. Ah, não posso conter tamanha alegria!". Ele falava, falava, e ela não parava de olhar pra ele, buscando entender tudo aquilo. Até que ele parou de falar e perguntou se ela queria dizer algo, afinal ele não havia dado espaço para que ele o fizesse caso desejasse. Pediu desculpas e disse que precisava tirar tudo aquilo que estava preenchendo seu peito. Ela sorriu sem jeito, e disse que não sabia o que dizer. Disse também que o que a havia movido a encontrá-lo era apenas curiosidade, nada mais que isso, e se sentiu mal depois que olhou nos olhos dele e viu tristeza. Disse que sentia muito, mas não podia mentir para ele, que estava sendo tão sincero com ela, e que estava bastante confusa, sem saber o que fazer ou dizer. Era uma situação tão nova para ela. Não poderia mentir também que o olhar que cruzaram havia mexido com ela sim, mas como imaginou nunca mais vê-lo, foi apagando a lembrança gostosa do olhar penetrante daquele desconhecido...  - "Isso!". Ele a interrompeu. "Não passamos de dois desconhecidos, você está certa! Afinal, o que eu queria? Que depois que eu falasse sobre esse sentimento que nem eu sei o que é, você pulasse nos meu braços e dissesse que estava me esperando a vida toda? É óbvio que você está confusa. Eu sou apenas um entranho para você, um estranho se declarando". O silêncio tomou conta de ambos. Ele rompeu o silêncio dizendo: " Tudo bem. Entendo você, mas peço que também me entenda, e me desculpe por qualquer constrangimento que eu possa tê-la feito passar. E quero te pedir só mais uma coisa... Não me afaste de você, agora que estive tão perto, não quero perder o contato. Você me deixa ficar perto de você? Só isso que eu te peço". Estendo a mão para ela, disse: "Amigos?". "Amigos!". Ela respondeu.

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quinta-feira, junho 23, 2011

Encontro com o destino.


  Lá estava ela, sentada no banco de uma praça. Sozinha. Pensativa. Até que ele, um rapaz robusto, bonito, charmoso, a olha e sorri, e a traz de volta a terra. Ela olha pra ele sem graça. Ele a encara fixamente. Ela sorri sem jeito e abaixa a cabeça. Quando levanta a mesma, ele não mais está perto dela, ela só o avista indo embora. Ela nunca havia visto aquele rapaz, e apenas em uma troca de olhares ele transmitiu tanta paz. Ela sorriu e imaginou que ele era apenas um presente do destino com a missão de afastar de sua mente aqueles pensamentos terríveis que ela vinha tendo a algum tempo.
  Ela pensou que depois daquele dia, nunca mais veria aquele rapaz com cara de anjo. Enganou-se. No dia seguinte ao chegar em casa, ela ligou seu computador e abriu sua página de relacionamentos no orkut.  E logo avistou uma solicitação de amizade. Não tinha foto, então ela rejeitou a solicitação. Não costumava adicionar desconhecidos. Passado alguns dias, quando estava usando seu msn, uma janela se abriu, uma nova solicitação de amizade. Não conhecia aquele e-mail, mas poderia ser um novo de alguém conhecido, afinal ela não saía distribuindo seu endereço a qualquer pessoa. Acabou aceitando aquela solicitação. Menos de um minuto depois, a sua janela de conversação estava piscando. Era um desconhecido com o pseudônimo "SR. DESTINO" , dono do email que ela acabara de aceitar como amigo. Abriu a janela, e nela estava escrito: "Não paro de pensar em você, desde o primeiro dia em que nos vimos". Quando ela ia perguntar quem era, se ela o conhecia, o "SR. DESTINO" saiu do msn. No outro dia ela entrou no msn como de costume, e novamente a janela de conversação piscou. Era ele. Ele escreveu: "Já estava com saudades. Queria tanto poder te ver novamente". Mas quando ela perguntou de onde ele a conhecia, ele ficou indisponível novamente. Todo santo dia era assim, ela abria o msn, e lá estavam escritas coisas cada vez mais lindas, mas ele nunca se identificava verdadeiramente... Até que ela se cansou daquele joguinho, estava curiosa demais para manter aquela brincadeira de esconde- esconde. Ficou vários dias sem abrir o seu msn.
   Tendo passado muitos dias, ela imaginou que ele não mais a escreveria. Novamente estava enganada. Assim que ela ficou disponível para conversas, ele escreveu: "Não some assim senão eu morro de saudade". E ela escreveu: "Não quero mais compactuar com seu joguinho. Não sei quem você é. E você parece não estar disposto a me dizer. Então me deixa em paz!". Ele perguntou: "Estou tirando sua paz? Pois então me perdoe, essa nunca foi a minha intenção. Queria o contrário, queria ser tua paz, sua alegria. Não gostaria de ver seu rosto triste novamente. Muito menos por culpa minha". Ela perguntou: "Novamente? Como assim? Então você me conhece mesmo? Mas de onde?". Ele disse: " Não. Não a conheço, só a vi uma vez. Mas gostaria muito te poder te conhecer. E você, não tem curiosidade de saber quem sou?". Ela respondeu rapidamente: "Claro! Mas só por curiosidade mesmo".  "Então vamos nos encontrar, você topa, um encontro amigável?". "Com uma condição". Ela disse. "Okay. E qual seria essa condição?". "Uma foto, me manda uma foto sua. Agora!". "Não, você me verá no dia do encontro". "Mas como vou te achar?". "Não se preocupe. Eu te encontro". Ela pensou alguns instantes, e respondeu: " Tudo bem, mas esse encontro tem que acontecer num local público". "Está com medo de mim?". "Não, não é isso... é que...". " Você não me conhece. Você está certíssima. Linda e inteligente. Que tal a praça onde fica uma sorveteria chamada sonho? Sabe onde fica?". "Sei sim". Então combinaram o dia e o horário e se despediram. No dia combinado, ela chegou meia hora andiantada, tamanha a ansiedade. E esperou, esperou... e nada dele aparecer. Ela olhou o relógio e viu que já tinha se passado muito tempo, então decidiu ir embora. Quando levantou-se do banco, ouviu uma voz te pergutar: " Está fugindo do destino?".

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domingo, junho 19, 2011

Esperança.



- Dona Maria, como vai? - Eu tô bem e você? E o namoradinho? Já faz tempo hein.. Acho até que vai dar casamento. - É que eu não estou mais com aquele rapaz não, acho que o amor acabou. - Mas o amor se for verdadeiro.. - Já sei o que a senhora vai dizer.. Que o amor verdadeiro não acaba, mas o meu era verdadeiro sim, eu sei, sentia. - Mas como acabou então? Não acredito nesse amor que você me fala, um amor que morre não existe. - Eu até entendo isso que a senhora tá falando sabe, mas é que pra esse tal amor não morrer Dona Maria, ele precisa ser cultivado . Ele precisa de muita atenção, de tempo. De tanta, mas tanta coisa. Não que eu não estivesse disposta a cultivá-lo, eu estava. Mas talvez ele não estivesse tão disposto assim. E o tal do amor não suporta o descaso, a indiferença. E o tempo ?  É preciso gastar pelo menos um tanto desse tempo que nos dias atuais é tão precioso, pra prestar atenção no outro, nas suas necessidades. E está sendo difícil encontrar alguém que esteja disposto a "perder tempo" tentando cultivar esse sentimento no coração do outro. Eu sei Dona Maria.. Não disse que é impossível não, só tô dizendo que é difícil. É que o mundo tá tão corrido.. Tomara que esse tal amor não acabe sendo extinto, como tantas outras coisas já foram, por simples falta de cuidado. Ah, dona Maria.. esse tal de amor parece até uma flor né? Precisa ser cultivado com muito carinho.. e tem gente que não tem paciência com isso não. Porque o amor é que nem aquelas plantinhas que a gente rega, rega, rega, cultiva de um jeito tão fervoroso e ela demora a crescer, mas basta um diazinho sem regar e ela já começa a muchar, e pra ver ela bonita novamente.. Ah, tem que ter tempo, paciência e carinho redobrado. E tem certo tipo de gente que não aguenta ver a florzinha murchar, pra achar que não vale mais a pena regar. É hora de parar. E é aí que o amor se acaba. Ele não pode lutar sozinho, sabe? Ele precisa que alguém ajude ele a se renovar, às vezes até mais bonito. Mas quem quer esperar? Difícil. Algumas pessoas preferem buscar outros jardins pra cultivar. E quando as flores vão murchando, elas saem por aí buscando outras pra regar. Já que não fazem nada para que as flores murchadas voltem a florescer. E essas flores abandonadas começam a desacreditar que alguém um dia volte a regá-las. E percebem que o amor morre, e que é difícil alguém querer fazer ele ressucitar. Ah, como é difícil Dona Maria... - Eu que o diga filha, eu já fui uma dessas flores murchas. Mas sabe de uma coisa? Eu não perdi as esperanças. Porque você que é tão jovem, vai perder? 

quarta-feira, junho 08, 2011

...




   Lembro-me quando você entrou em minha vida. Lembro-me até do seu primeiro sorriso. Lembro-me principalmente do dia em que jurou amor por mim. Não posso deixar, embora queira com todas as minhas forças, de recordar nossos momentos felizes. Fomos um do outro. Nós nos amamos intensamente. Nós nos quisemos como se tivessemos consciência de tudo o que um verdadeiro amor pode oferecer.
Eu acreditei. Pobre de mim!
Acreditei em seus falsos juramentos. Confiei em suas palavras, em seu sorriso, em seu olhar, em sua voz. E depois tudo terminou de repente. Fiquei sozinha.. E você?! Talvez nos braços de outra esteja a repetir as mesmas mentiras que me disse um dia. E mesmo assim eu sofri e imagino que essa outra possa estar feliz como fui no passado. E mesmo assim, fico a te desejar.

Pedido.



Por favor, ao copiar meus textos coloquem os créditos.
Agradeço!



procurando...




   Ela ainda poderia estar com aquele cara, o primeiro namorado, o também noivo, ela poderia esperar ele se decidir entre se casar com ela ou comprar um novo video-game. Ela poderia ter se casado na igreja, ou apenas ter juntado as escovas de dentes, sabe-se lá, e quem sabe estar levando uma vida medíocre, como a vida de algumas dessas mulheres que se casam com o primeiro namorado, porque acham que o amam, e depois que se casam, vêem que na verdade aquilo nunca foi amor, só desespero, de pensar que talvez quem sabe nunca mais encontraria um outro homem que a tratasse tão bem quanto aquele. Ou quem sabe estar tendo uma vida maravilhosa, como a vida daquelas que se casam e ficam velhinhas com aqueles que elas acreditaram sempre, serem o grande amor de sua vida. Mas ela não pensou em nenhuma dessas opções, ela pensou apenas numa coisa. Ela queria mais. Mais amor. É sempre amor que ela procura. E vai se doando a qualquer um achando que merece mais, e mais. Já disseram a ela que " a gente tem o que merece". Mas ela não acredita nessa frase nem um pouco. Ela acredita que merece mais. Sempre mais. E vai procurando e encontrando.. Um pouquinho aqui, um pouquinho ali.. Mas não encontra o que ela quer.. O mais.. Talvez ela nunca encontre esse "mais", ou talvez ela encontre, sei lá. Só sei que ela vai continuar a procurar...

Só vou exigir uma coisa...





   Eu não sou uma dessas mulheres que você encontra perdida nas ruas. Eu não sou uma dessas mulheres que se entregam por um pouco de carinho, um drink, um colo, um bocado de dinheiro. Eu não preciso de beijos para me sentir feliz ou desejada de verdade. Eu preciso de alguém, mas não como quem precisa de ar para respirar. Não preciso do seu dinheiro. Por isso não me importo se seus bolsos são cheios ou vazios. Não preciso que você tem carro, moto, ou bicicleta. Talvez eu prefira que você segure a minha mão com carinho quando sairmos juntos. Talvez eu precise de abraços. Um afago. Flores. Um colo pra me deitar. Um conselho quando eu não souber o que fazer da minha vida. Mensagens no celular. Bilhetes escritos no espelho pra eu ler quando acordar. Mas eu não vou te pedir nada. E como eu já disse eu não preciso do seu dinheiro então não tente me comprar com presentes caros. Pois eu não estou à venda. E nunca estarei. E se eu estivesse, você talvez não poderia me comprar. Eu custo caro. Eu não sou fácil. Mas não vou te cobrar nada que você não possa me dar. Eu só vou exigir de você uma coisa: Quando estiver comigo, seja só meu. Corpo e alma. Não me apareça pela metade.Ou te mando ir embora de uma só vez.

Autor Desconhecido