terça-feira, maio 24, 2011

A primeira noite.




   Ele deitou na cama e ela fez massagem em suas costas. Ele quase adormeceu , mas ela não deixou. Pediu que ele se virasse e o beijou. Ele disse: se você ficar fazendo isso não vou aguentar. Se eu continuar fazendo o que? Ela se fez de desentendida. Não me beija assim, ele disse. Porque? Porque eu preciso dormir. Mas você quer? O quê? Dormir? Não, mas eu devo. Deve dormir?! Porque? Tem algum compromisso amanhã cedo? Não. Mas se eu não dormir e você ficar me beijando assim, eu não vou me segurar. Então não se segure. Se solte. Se entregue. Sério? Sério! Eu quero, você não quer? Quero muito. Muito mesmo. Você não sabe como eu quero, o quanto esperei por isso. Não sei, me conta?! Você quer que eu conte mesmo? Quero sim, mas antes me beija vai. Ele a beijou com uma mistura de carinho e desejo, e assim foi a primeira noite deles. Cheia de amor e desejo. Ele a puxava pra si, como se quisesse que seu corpo penetrasse no dela e formasse um corpo só. E foi como se isso acontecesse. Os dois transformaram-se em um só. Um só desejo. Um só sentimento. Somente os dois, um do outro. Mais ninguém entre aquele casal que se queria há tanto tempo. Foi uma noite mágica para ela. A primeira noite que ela sentiu aquela junção de sentimentos, transformando aquele momento em um momento especial, único. Não, não foi a primeira vez dela com um homem. Nem a dele com uma mulher. Mas foi a primeira vez dela com aquele que ela amou e esperou durante tanto tempo. E a primeira vez dele com ela. Ela, que ele sempre amou. Ela, que ele sempre via passar de mãos dadas com outro. Mas que nunca segurou a sua mão. Ela, que ele esperou por tanto tempo que compreendesse e aceitasse o seu amor. E ela agora o aceitou. E a  partir daquele momento o corpo dele, não mais pertecia a ele. E o corpo dela pertenceria a ele para sempre.

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