sexta-feira, abril 08, 2011

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   Ele bateu na porta, eu disse: pode entrar! Não sabia que era ele, apesar que ele era um dos poucos que batia antes de entrar. Ele entrou e disse: Um amigo pode te visitar. Certo? Eu respondi: é claro que pode. Quer sentar? Ele disse: Não. Só vim te ver. como você está? Eu não respondi. Ele disse: Bom, só vim te ver.. Já vi, vou embora. Me deu um beijo no rosto, e foi em direção da porta. Eu não me movimentei embora quisesse impedir sua saída. Antes de bater a porta, do lado de fora, segurando a maçaneta, ele disse: Está precisando de alguma coisa? Eu balancei a cabeça fazendo sinal negativo. Ele me olhou, e perguntou denovo: Tem certeza que não está precisando de nada? Eu olhei pra ele, e entendi sua pergunta pela resposta que veio em seguida em meu pensamento. Não respondi nada novamente, fiz apenas outro sinal negativo, embora minha mente pensava outra coisa. Queria ter dito a ele: Preciso sim. De você. Mas não disse. Não sei se por orgulho, falta de coragem, ou medo, de me entregar novamente a alguém e sofrer depois, ou medo dele perceber que eu não sou tão autosuficiente assim como eu digo, e mostrar fraqueza. Não disse nada, embora meu peito palpitasse tão forte aqui dentro de mim. Não disse nada, não desci as escadas correndo, não chorei depois dele ter saído, apenas aceitei que ele me deixasse sozinha, mais uma vez. É que eu tenho uma mania contraditória e masoquista de mostrar que não me importo e continuar me importando. E mesmo sem esperanças de tê-lo de volta, eu acredito que as pessoas que são pra ser, sempre voltam de alguma maneira. E se não for pra ser,  talvez o tempo traga alguém especial.

1 comentários:

Lêh disse...

Gostei *-*

E sei bem como é isso, falta coragem, sobra orgulho :] rs
Mas o tempo sozinho não fará nada além de passar, voc com suas atitudes derterminam o q ele há de trazer:]

beiijos Tamii :*

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