quarta-feira, abril 06, 2011

Ele.





   Logo ela, que subestimava qualquer lei que envolvia o amor, logo ela que transparecia saber sobre tudo da vida, a jovem velha sábia. Ela nunca sentira algo tão incrível, e tão doloroso ao mesmo tempo, palavras que a faziam chorar, deitar na cama e soluçar, refletir e querer algo que uma mente sã nunca desajaria. Essa alma que está carregada, pesada, fardo grande demais para ser consolidada, mas foi enfim que surgiu a solução de seus problemas. O garoto distante, o garoto. O garoto que lhe passava segurança, o garoto do sorriso transparente, da gargalhada sincera, do olhar seguro, da alma limpa, foi ele… Ele mudou todos os dias ruins para melhor, é extremamente embaraçoso, como se pode encontrar solução em uma só pessoa, em cada palavra que ela diz, em cada olhar.. Até conforto espíritual ele conseguia transmitir para ela. Logo ela que nunca imaginou se apaixonar, até mesmo chorar de saudade, ali estava ela, inteiramente apaixonada por ele. Era difícil dizer adeus, assim como era difícil dizer até logo, o coração se apertava, mas as esperanças se multiplicavam no novo sol que nascia. Ali estava ela escutando músicas românticas, que só agora faziam sentido. Ali estava ela, dormindo cedo, não para descansar, mas para que o sono a levasse para outra dimensão, onde ali ela poderia beijar seu amado, abraçá-lo, tê-lo. 
   Logo a garota que se dizia forte o bastante para não começar a gostar de alguém, logo ela. Não dava a mínima para os detalhes, e hoje o que ela mais preza é o simples sorriso de canto que só ele sabe dar, são os pequenos momentos em que ele solta uma piada sem nexo, é o jeito com que ele passa a mão no cabelo, é aquele jeito que ele tem de pegar na cintura dela… a cura dos males de sua alma, o garoto que se tornou o remédio, que aquebrantou a tristeza de seu coração.

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