Você me jogava para todos os seus amigos, querendo se livrar dos sentimentos que eu destinava a você. Te via com outras garotas, você me contava sobre as suas namoradas, ficantes e até paqueras, me pedia conselhos e eu sempre estava ali, disposta a te ajudar. Sofria, mas conseguia disfarçar.
Amei tanto você que me contentava com as migalhas do seu carinho, me contentava em ser só irmã-amiga. Mesmo tendo me declarado a você, a nossa relação nunca mudou, eu ficava sempre esperando por você.
Até que um dia você olhou para mim de uma maneira diferente, e disse que gostava de mim como homem, e me via como mulher, não mais como a sua irmãzinha. Aquela que você dava cascudos, corria atrás brincando de pegar pra fazer cócegas. Não. Eu não era mais aquela menininha, você agora me via como mulher. Eu fiquei tão feliz , e a gente ficou junto. Achei que fosse durar por muito tempo, mas me enganei. Pensei que você gostava de mim o mesmo tanto que eu gostava de você, mas você só me fez sofrer. Então eu cansei de amar você sozinha. Cansei de ter você pela metade. E terminei.
Por ironia do destino , você é quem passou a me querer por perto. Que loucura! Enquanto eu te esquecia, você começava a me amar. Já era tarde demais. Já não queria mais você.
Você dizia que eu estava te fazendo sofrer por vingança, mas não era. Se fosse, coitadinho de você.
Dizem que o amor só vem, quando a gente para de procurar por ele. É verdade. Foi isso mesmo que aconteceu, o seu amor só veio, quando eu desistir de me encontrar com ele. E eu desisti de procurar em você, um amor que você só soube ver quando perdeu o meu.
Agora sou eu , que sou indiferente a você. Hoje, (involuntariamente) sou eu que te faço sofrer.
Tudo o que vai, volta. Agora é você que bate na minha porta.
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